domingo, 5 de setembro de 2010

Na terra de Lula, mais uma festa para Dilma

A candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff, foi recebida por mais uma festa popular hoje no Recife. Em Pernambuco, terra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao lado dele, a petista viu a praça do Marco Zero da capital repleta de milhares de militantes, que foram até lá com espírito de festa.







Muito à frente nas pesquisas, assim como Dilma, o governador Eduardo Campos (PSB), que concorre à reeleição, animou os pernambucanos logo no começo: “Eu tô doido, ansioso, para que chegue o dia 3 de outubro, porque o povo vai falar alto no Brasil, no Nordeste, no Sudeste, no Sul, no Centro-Oeste, no Norte. A voz do povo brasileiro é igual”, disse, ao discursar pedindo a eleição de Dilma para presidente.






A festa dos pernambucanos foi colorida. Colorida com as perucas verdes, amarelas, vermelhas e brancas dos militantes. Colorida com as camisetas lilás das Mulheres da Frente Popular, coligação de Campos no Estado. Colorida pela juventude que tomou os espaços mais próximos do palco do Marco Zero.






Para esse povo, Dilma disse: “O Brasil, depois de um operário, pode ter sim uma mulher dirigindo esse que é o maior país da América Latina. O preconceito jamais serviu ao povo. Sempre serviu aos interesses de uma elite muito pequena. O nosso povo depois de tudo que sofreu tem consciência crítica. Conhece aqueles que só falam com o povo na hora a eleição. E sabe que se esse operário foi o melhor presidente que o país já teve. E pode ter certeza que uma mulher pode ser presidente dessa nação”, discursou.






"Será a primeira presidenta"






Feliz e atenta, Dilma ouviu seu nome ser anunciado pelo poeta e compositor Marinho, que é filho de Zeto e Bia Marinho, dois grandes artistas pernambucanos. Marinho, que também é neto de Lourival Batista, que alegrava as campanhas eleitorais de Miguel Arraes, anunciou o discurso da petista assim:






“O país que elegeu um operário/ e que fez da sua luta seu mister/ vai agora eleger uma mulher confirmando seu sonho libertário. Com a força da fêmea que alimenta/ será a primeira presidenta/ condutora dos rumos do Brasil”, repenteou.






Muitos jovens fizeram festa durante todo comício, mas também foram ao Marco Zero mulheres maduras e trabalhadores mais experientes, como Natanael Gouveia de Lima, 49 anos. Ele foi até lá levar um terço para Dilma. “Eu vim aqui trazer um terço para a Dilma. Se fosse o Lula, era Lula de novo. Vou ficar triste porque o Lula vai sair, mas feliz porque a Dilma é que vai entrar”, dizia, momentos antes dos discursos.






Ciente de que política não é matemática e exige também muito coração, Dilma abriu sua fala exaltando a forma como o governo de Lula fez o país crescer tendo as pessoas como ponto central. “Essa é uma noite especial, porque na vida a gente faz as coisas com o coração e com paixão. Se a gente não tem sentimento, a gente não consegue levar a vida para frente. A política também tem que ser feita com sentimento, porque atrás dos números e dos cifrões, dos prédios e das obras só tem sentido fazer crescer um país se for para cada uma das pessoas”, afirmou.






Vida melhor






À vontade, Lula comentou as obras que visitou nos arredores de Recife e lembrou aos militantes que foram ao Marco Zero que, quando os opositores dele e de Campos estiveram no poder, nunca elevaram o nível de vida dos pernambucanos como agora.






“Quero que o povo tenha apego com essa companheira que conheço. Por isso, companheiros e companheiras, não pensem que vou sair triste no dia 1º de janeiro. Vou sair de cabeça erguida porque sei que quem vai me suceder vai ter competência para fazer mais. Sei que ela se preparou para isso. Eu vou com a consciência do dever cumprido, com a consciência de que fui honesto com vocês”, disse Lula.

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