Grupo A: São Clemente quer "colocar o dedo na ferida" no Carnaval 2010.
VAMOS COMEÇAR A POSTAR AS INFORMAÇÕES SOBRE O CARNAVAL CARIOCA E ALGUMAS COISAS SOBRE O CARNAVAL BAIANO. O luxo como mandamento número um, rainhas de bateria sem apego às escolas, a mudança na estrutura do samba-enredo, a glamourização da folia e a simplificação da profissão carnavalesco são algumas das críticas que a São Clemente levará para a Avenida no enredo "Choque de Ordem na Folia", em fase de desenvolvimento pelo carnavalesco Mauro Quintaes. A iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro com o programa para ordem urbana também será citada. De acordo com Mauro, o tema não é "chapa branca", muito menos eleitoreiro.
- Esse enredo é uma ideia do presidente da São Clemente, Renato Almeida Gomes. No último carnaval, ele estava assistindo aos desfiles e percebeu que ninguém levantava para aplaudir a comissão de frente, o casal de mestre-sala e porta-bandeira, mas as pessoas aplaudem o gari, que é o homem do povo, uma representação espontânea como o Renato Sorriso. Vamos apresentar esse momento para fazer uma analogia disso. Vamos colocar o dedo na ferida, citando a glamourização do carnaval, o excesso de riquezas, o nivelar por cima, o não-apego das rainhas de baterias aos seus ritmistas e a mudança de estrutura do samba-enredo. O enredo 'E o Samba Sambou' já alertava isso. E lembraremos do Rio de Janeiro e do carioca, um apaixonado pela sua cidade, citando as ações da prefeitura no Choque de Ordem - contou o artista.
A própria São Clemente está incluída no contexto e fará uma auto-crítica por ter deixado a irreverência de lado nos seus desfiles mais recentes.
- Será uma crítica com a cara da escola, sem jeito de chapa branca. A tendência a partir de agora é resgatar o passado, pois chegamos em um nível muito alto no carnaval - afirmou.
Por isso, em 2010, prepare-se, pois a São Clemente será mais São Clemente do que nunca: brincalhona, caricata e com críticas saudáveis.
- Teremos um Rei-Momo gordo de fartura de alegria, do peso da coroa. Ele é que é o xerife da cidade durante os dias de carnaval. Também abordaremos os patrocínios que tornam pessoas carnavalescas do dia pra noite. O carnavalesco era um personagem que ditava o perfil da escola, mas atualmente perdeu esse poder. É apenas mais um funcionário em uma agremiação - lamentou Mauro.
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